sexta-feira, 20 de novembro de 2009
A VIVÊNCIA RELIGIOSA NO CANDOMBLÉ ANÁLOGA À EXPERIÊNCIA DO RELIGARE SOB A ÓTICA JUNGUIANA (introdução)
A psicologia tem o objetivo de compreender o ser humano em sua completude, necessitando, portanto, relevar todos os aspectos que o perfazem. Desta maneira, toda e qualquer investigação sobre a estrutura comportamental precisa abarcar a religiosidade - um fenômeno sócio-histórico essencial para a compreensão do psiquismo.
A concepção de religiosidade será definida a partir da Teoria da Psicologia Analítica concebida por Carl Gustav Jung. Para o referido autor, o racionalismo e o materialismo podem provocar no homem um distanciamento e até mesmo a negação dos elementos transcendentes.
Diante de um contexto histórico a enfatizar em demasia a ciência e a razão, o que resultou um importante progresso científico e tecnológico, o homem ocidental passou a negligenciar determinadas manifestações da alma humana (a exemplo da religiosidade), de maneira a distanciar o ego de suas origens (Self) gerando seres humanos estranhos e alienados a si - próprios. Esta última é estudada por Jung não com o fito de comprovar a existência de seres divinos, mas como realidade psíquica, presente quer nas mais antigas tradições e civilizações, quer em face do moderno.
Desta forma foi selecionada a religião do Candomblé com o intento de que se mostre a importância e o significado da aproximação dos brasileiros desta expressão religiosa, embora muitos destes negligenciem esta ancestralidade espiritual, que se faz presente, ao menos enquanto realidade psíquica vivenciados principalmente, através dos símbolos existentes na cultura brasileira.
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É inegável que os símbolos e arquétipos de religiões africanas tiveram papel importante no processo de construção da consciência coletiva e individual, no Brasil, especialmente na Bahia. Considero essa pesquisa bastante relevante, já que os deuses gregos estão muito mais distantes de nossa realidade do que os orixás. Acredito que se cada sociedade tiver um estudo minucioso de seus próprios mitos, a compreensão dos fatos se tornará mais autêntica e meticulosa. Parabéns pelo blog!
ResponderExcluirMuito bom esse levantamento, Jung so conseguiu ver o ser humano de forma tão abrangente se aproximando e buscando as simbologias em todas manifestações humanas. Tive a felicidade de conhecer JOSE JORGE DE MORAIS ZACHARIAS que escreveu sobre a dimensão arquetipica dos Orixas, muito legal. Parabens a voces pelo blog. Abraços.
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